quinta-feira, 14 de abril de 2011

Serginho Leite - O Céu Ficou Mais Alegre.

O pessoal mais novo que passeia por aqui talvez nunca tenha ouvido falar nele, mas a galera dos 35 pra cima conhece, com certeza.
Lá pelos anos 80, quando não havia a internet, iphods, iphones e assemelhados (sim, houve um tempo assim no mundo!), nós ouvíamos rádio.. E as emissoras de FM, na briga pela audiência, começaram a lançar inserções humorísticas durante a programação. O Serginho Leite, que já era locutor, criou várias destas inserções divertidas e bem humoradas e que nós, os antigos, ficávamos esperando pra ouvir.
Educado, divertido e classudo, o Serginho produzia um humor de bom gosto, sem apelar pra baixaria, escatologia ou palavrões e fazia rir, fazia bem, aliviava o stress do dia, a raiva do chefe, a bronca com o que quer que fosse.
Entendo que muito do que o Serginho fazia, os personagens e cantores que ele imitava, as músicas que parodiava não possuem muito sentido pra galera mais nova, e muitas vezes completamente alheia ao que já foi e houve neste país, mas os daqueles tempos sabem de quem estou falando. Aliás, fica aqui a dica pro pessoal que não conhece, conhecer.
Como disse o José Mello Marques em seu blog, Serginho era
"Músico, radialista, humorista. Suas paródias, teciam inteligentes e agudas críticas, outras vezes considerações elogiosas a todo tipo de situação e gente. Durante três décadas no rádio, o paulistano Serginho Leite conquistou um espaço que poucos apresentadores conseguem no Brasil: um programa onde o repertório não é escolhido pelas gravadoras de capital estrangeiro, e outros que comandam o rádio por aqui, para poder fazer rádio do jeito que gosta: futebol misturado com boa música e entrevistas."
Anteontem, o Serginho foi pro céu fazer paródia e alegrar o povo de lá. Eu nunca o conheci pessoalmente, mas sinto que o mundo ficou mais chato sem ele por aqui. Um sujeito alegre, de bem com a vida e que passava uma energia de ternura e carinho, Serginho deixa saudades, deixa o coração da gente emburrado no canto.

RIP, amigo.

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